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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

PEDRO OSVALDO LACÔRTE

( Brasil – São Paulo )

 

Nasceu em 9 de novembro de 1924, em Santo André, São Paulo.

 

 

CADERNO DE POESIA - 2.  Santo André, SP: Clube de Poesia de S. André, 1954.   90 p.     15,5 X 22,5 cm.         Ex. bibl. Antonio Miranda
 

       A um novato

Ó segue tu a musa sonhadora
Renega a tudo para ser só e livre
Tendo coragem de morrer de fome
Fraco fui eu que coragem não tive!

Eu reneguei a musa. Inconsciente
Dela seguindo o rumo, tão adverso
Rompi-lhe as cordas que vibravam todas,
E ingrato e cruel prostituí meu verso.

Empunha tu o facho bruxuleante
De minha inspiração agonizante
Pois meu estro, de triste já não vive.

Eia, enfrenta o desprezo que consome
Tendo coragem de morrer de fome
Porque eu covarde, coragem não tive!


 Súplica

Cantam as aves pelos arvoredos
Passa suave a brisa pelas flores
Como em murmúrio de gentis segredos
A pomba rola canta seus amores.

Tudo rebrilha em festa portentosa,
Atingindo-me em cheio essa ironia —
Chora e sofre minh´alma tão saudosa
Embora circundada de alegria.

Senhor dominador da imensidade
Contempla minha dor, oh, tem piedade
De mim que choro e sofro sem ter calma!

Faze com que ela volte ao meu carinho
O dá-me rosas ao invés de espinho
Que em mim se crava, me sangrando a alma!


Reminiscências

Chegou o inverno, com os seus rigores
Os meus amores, já não voltam mais.
Tudo é gelado, e dentro do meu peito
Sinto desfeito, o coração em ais.

Sibila o vento, na rua deserta,
E chaga aberta no meu peito sinto
A purgar, soluçando uma saudade
Da mocidade e do passado extinto.

Visões estranhas, ocorrem-me na mente
Sempre latente revejo-te ainda
Mulher que amo, com todo delírio
E em meu martírio vejo-te mais linda.

Mulher que amando, em me fiz um crente,
Hoje descrente, por tua causa choro,
E tu sorrindo segues pela vida
Alma querida que eu tanto adoro.

Alma que adoro, com tanto fervor,
Com todo amor, com toda devoção
Que um peito humano possa dedicar
E acumular, o humano coração.

Com todo afeto de um cantor choroso,
Que mui saudoso, pranteia sem fim,
Só suplicando em triste comoção
Que em tua oração, penses um momento em mim.

      

 

*

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Página publicada em novembro de 2022


 

 

 
 
 
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